quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A alegria nunca é consciente. Vivemos um momento de alegria como uma graça presente. Um casal que se protege da vespa abraçando-se na rede da casa recém comprada, os namorados que descem a avenida para comprar pastel e entoam alegremente o hino do Botafogo após uma vitória maiúscula contra o Flamengo, o cheiro do macarrão aos domingos de uma panela borbulhando de queijo e, no copo, bem gelada, a coca-cola que borbulha de gás.

A tristeza, por outro lado, é sempre consciente. A ausência dói como metal quente na pele. Impossível esquecer mesmo quando a dor intensa passou, a sensibilidade do toque nunca é mais a mesma.

Por que a alegria passa despercebida enquanto a tristeza se faz tão presente? Se invertêssemos essa lógica os relacionamentos durariam mais. Triste sina dos tolos que só percebem tarde demais. Triste sina dos orgulhosos que não perdoam as dores passadas.

Aos tolos e orgulhos reside a sina de escrever uma história apartada de sonhos e de boas lembranças.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tolkien não só escreveu obras da literatura fantástica mais fascinantes que eu já li, como me deu lições incriveis de humanidade, fé, filosofia e amor através de suas cartas

Ele escreveu os livros de aventura mais fascinantes que eu já li e me deu as lições de humanidade mais incríveis através de suas cartas aos filhos, amigos e editores.

Amor e Destino


O Escritor J. R. R. Tolkien, criador da Terra Média, tem uma teoria que eu não consigo contestar acerca da importância do destino em nossas vidas. Não entraremos aqui no mérito do que seria esse destino: acaso, Deus, carma. Pretendo apenas demonstrar, pelos argumentos de um meus escritores favoritos, como o Destino tem uma força extraordinária nas nossas vidas. 

Escolher um par nunca é uma tarefa simples. Muitas vezes gostaríamos de escolher alguém que compartilhasse conosco nossos pequenos prazeres: livros favoritos, filmes, lembranças em comum. 

Imagine que você pudesse fazer uma escolha completamente consciente dessa pessoa. Que lhe fosse oferecido um catálogo com centenas de milhares de pessoas entre as quais você escolheria aquela que tivesse mais afinidade contigo.

No entanto, escolhemos às cegas. Muitas vezes baseado em aparência e simpatia. 

Além disso, ter os mesmos gostos não significa necessariamente que o relacionamento vai dar certo. Particularmente, conheço pessoas com gostos iguais aos meus, mas que cultivam hábitos detestáveis, pessoas com as quais eu jamais conseguiria namorar.

Segundo Tolkien, mesmo se tal catálogo estivesse disponível, você ainda poderia fazer uma péssima escolha. Por outro lado, é o acaso que escolhe com quem vamos partilhar a vida, não escolhemos nossos colegas de trabalho, nem nossos vizinhos, nem nossos parentes, nem quem conseguirá quebrar a barreira social e se aproximar de nós.

E tudo isso é decidido pelas circunstâncias. São as circunstâncias, o acaso, ou destino, como você preferir, que fará a maior parte. A nós cabe apenas o direito de escolher às cegas entre as possibilidades caóticas das pessoas que cruzaram nosso caminho por força do acaso.


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Durante a minha adolescência eu vivi o auge de Guns n' Roses, Pixies, Smashing Pumpkins, Nirvana e Pearl Jam. E é só o começo eu pensava, afinal ainda tem muito tempo pela frente.

Amarga ilusão de que a passagem do tempo é sinônimo de melhora

Perguntei aos meus alunos quem seria um improvável substituto de Michael Jackson e o pessoal me manda Justin Timberlake.

Eu assisti aos melhores vídeos de Dança dele mas não se comparou ao glamour do Michael.


Será que eu estou ficando chato ou o cenário musical realmente decaiu muito e não há substitutos para Michael Jackson, Guns n' Roses e Elvis?

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Passei um dia inteiro com a Valquíria visitando museus. `Percebi que precisava me desfazer de velhas amarras. Em um dado momento visitar os museus ficou chato, tudo que queríamos era sentar na mesas da Bohêmia e saborear uma cerveja, não compreender seu processo de fabricação.

Citações 2015

"Existe um mundo. Em termos de probabilidade, isso é algo que se esbarra no limite do impossível. Teria sido muito mais fidedigno se, por acaso, não existisse nada. Nesse caso, ninguém teria começado a perguntar por que não havia nada..." Maya - Jostein Gaarder