quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Amor e Destino


O Escritor J. R. R. Tolkien, criador da Terra Média, tem uma teoria que eu não consigo contestar acerca da importância do destino em nossas vidas. Não entraremos aqui no mérito do que seria esse destino: acaso, Deus, carma. Pretendo apenas demonstrar, pelos argumentos de um meus escritores favoritos, como o Destino tem uma força extraordinária nas nossas vidas. 

Escolher um par nunca é uma tarefa simples. Muitas vezes gostaríamos de escolher alguém que compartilhasse conosco nossos pequenos prazeres: livros favoritos, filmes, lembranças em comum. 

Imagine que você pudesse fazer uma escolha completamente consciente dessa pessoa. Que lhe fosse oferecido um catálogo com centenas de milhares de pessoas entre as quais você escolheria aquela que tivesse mais afinidade contigo.

No entanto, escolhemos às cegas. Muitas vezes baseado em aparência e simpatia. 

Além disso, ter os mesmos gostos não significa necessariamente que o relacionamento vai dar certo. Particularmente, conheço pessoas com gostos iguais aos meus, mas que cultivam hábitos detestáveis, pessoas com as quais eu jamais conseguiria namorar.

Segundo Tolkien, mesmo se tal catálogo estivesse disponível, você ainda poderia fazer uma péssima escolha. Por outro lado, é o acaso que escolhe com quem vamos partilhar a vida, não escolhemos nossos colegas de trabalho, nem nossos vizinhos, nem nossos parentes, nem quem conseguirá quebrar a barreira social e se aproximar de nós.

E tudo isso é decidido pelas circunstâncias. São as circunstâncias, o acaso, ou destino, como você preferir, que fará a maior parte. A nós cabe apenas o direito de escolher às cegas entre as possibilidades caóticas das pessoas que cruzaram nosso caminho por força do acaso.


Nenhum comentário: